Determinação da frequência de polimorfismos de CYP2D6 em mulheres brasileiras e revisão de literatura

Autores

  • Denis Leonardo Fontes Jardim Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês
  • Aknar Freire de Carvalho Calabrich Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês
  • Artur Katz Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês

Palavras-chave:

Neoplasias da mama, Tamoxifeno, Citocromo P-450 CYP2D6, Polimorfismo genético

Resumo

Introdução: O tamoxifeno (TMX), consagrado como terapia padrão no tratamento de pacientes portadoras de câncer de mama com receptores hormonais positivos, é convertido por metabolização primária e secundária no metabólito endoxifeno, que apresenta afinidade muito maior pelos receptores hormonais e é o maior responsável pelos efeitos antitumorais desta droga. A biotransformação do TMX em endoxifeno é dependente da subunidade 2D6 do citocromo P-450 (CYP2D6), cujo gene apresenta inúmeros polimorfismos que reduzem a atividade metabólica dessa via biológica, resultando em menores níveis de seu produto ativo e, possivelmente, da resposta terapêutica ao uso do TMX. Objetivo: O objetivo deste estudo foi determinar a frequência dos polimorfismos CYP2D6 *3, *4, *5, *6 e *10 e dos fenótipos de metabolização da droga TMX em pacientes portadoras de câncer de mama atendidas pelos autores no Centro de Oncologia do Hospital Sírio Libanês (HSL), além de revisar os dados sobre este tema disponíveis na literatura. Métodos: Amostras de sangue periférico de 30 pacientes foram enviadas a laboratório de referência para pesquisa dos polimorfismos descritos de CYP2D6 pela técnica de reação em cadeia da polimerase e digestão por enzimas de restrição (PCR-RFLP). Resultados: Os resultados mostraram heterozigose para polimorfismo CYP2D6*4 e *10 em 33 e 38% das mulheres, respectivamente. Utilizando a classificação de fenótipos de metabolização de TMX previamente descrita determinamos que 27% das mulheres avaliadas foram categorizadas com perfil de metabolização intermediária da droga, e 3% como metabolizadoras pobres, as quais, segundo dados atuais, parecem estar duas vezes mais sujeitas a desenvolverem recorrência de câncer de mama durante tratamento com TMX. Foi documentada uma elevada e inesperada prevalência de heterozigose do polimorfismo *10 na população estudada. Conclusões: Estudos prospectivos estão em andamento, visando definir o papel do perfil dos polimorfismos de CYP2D6 na escolha da estratégia hormonioterápica adjuvante em mulheres portadoras de câncer de mama.

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Biografia do Autor

Denis Leonardo Fontes Jardim, Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês

Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, São Paulo (SP), Brasil.

Aknar Freire de Carvalho Calabrich, Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês

Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, São Paulo (SP), Brasil.

Artur Katz, Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês

Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, São Paulo (SP), Brasil.

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Publicado

2010-01-28

Como Citar

Jardim, D. L. F., Calabrich, A. F. de C., & Katz, A. (2010). Determinação da frequência de polimorfismos de CYP2D6 em mulheres brasileiras e revisão de literatura. Revista Brasileira De Mastologia, 20(1), 15–21. Recuperado de https://revistamastology.emnuvens.com.br/rbm/article/view/12

Edição

Seção

Artigo Original