Estudo do biomarcador p16 no carcinoma de mama de mulheres submetidas à endocrinoterapia primária de curta duração com tamoxifeno e anastrozol

Autores

  • Alexandre Santos Melitto Universidade Federal de São Paulo
  • André Mattar Universidade Federal de São Paulo
  • Karine Angélica Cintra Universidade Federal de São Paulo
  • Fernando Augusto Soares Universidade Federal de São Paulo
  • Ângela Flavia Logullo Waitzberh Universidade Federal de São Paulo
  • Luiz Henrique Gebrim Universidade Federal de São Paulo

Palavras-chave:

Neoplasias da mama, Receptores estrogênicos, Receptores de progesterona, Tratamento neoadjuvante, Tamoxifeno, Inibidores da aromatase, Genes p16

Resumo

Introdução: Frequentes deleções e mutações têm sido descritas no gene p16 em diversos tipos de tumores, mas pouco se sabe sobre o valor preditivo do p16 na hormonioresistência ao tratamento do câncer de mama. Objetivos: Estudar a expressão do p16 e dos receptores de estrogênio e progesterona (RE e RP) em pacientes com carcinoma de mama RE e/ ou RP (+) após curto período (26 dias) de tratamento com tamoxifeno, anastrozol e placebo. Métodos: Estudo prospectivo randomizado duplo-cego realizado com 58 pacientes na pós-menopausa diagnosticadas com carcinoma ductal invasivo de mama nos estádios II e III, que no período pré-operatório foram subdivididas em três grupos: P (placebo, n = 25), T (tamoxifeno 20 mg/dia, n = 15) e A (anastrozol 1 mg/dia, n = 18). A biópsia foi realizada no momento do diagnóstico e após a cirurgia definitiva (26º dia). Realizou-se o estudo semiquantitativo utilizando-se os critérios de Allred. Resultados: A positividade do p16 variou de 22 para 17%, respectivamente no pré e no pós-tratamento com anastrozol; variou de 8 para 4% no grupo placebo e não houve variação, com 7% de positividade, no grupo que recebeu tamoxifeno. A comparação entre grupos e tempos não apresentou relação significativa para o p16 (p = 0,17). Não foi encontrada correlação entre a positividade do p16 e o status hormonal (RE e RP). Conclusão: Não houve diferença estatística significativa entre os três grupos estudados. Outros biomarcadores deverão ser pesquisados para se identificar precocemente a hormônio-resistência e a especificidade terapêutica.

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Biografia do Autor

Alexandre Santos Melitto, Universidade Federal de São Paulo

Departamento de Ginecologia e Patologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo (SP), Brasil; Departamento de Mastologia do Hospital Pérola Byington, São Paulo (SP), Brasil.

André Mattar, Universidade Federal de São Paulo

Departamento de Ginecologia e Patologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo (SP), Brasil; Departamento de Mastologia do Hospital Pérola Byington, São Paulo (SP), Brasil.

Karine Angélica Cintra, Universidade Federal de São Paulo

Departamento de Ginecologia e Patologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo (SP), Brasil; Departamento de Mastologia do Hospital Pérola Byington, São Paulo (SP), Brasil.

Fernando Augusto Soares, Universidade Federal de São Paulo

Departamento de Ginecologia e Patologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo (SP), Brasil; Departamento de Mastologia do Hospital Pérola Byington, São Paulo (SP), Brasil.

Ângela Flavia Logullo Waitzberh, Universidade Federal de São Paulo

Departamento de Ginecologia e Patologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo (SP), Brasil; Departamento de Mastologia do Hospital Pérola Byington, São Paulo (SP), Brasil.

Luiz Henrique Gebrim, Universidade Federal de São Paulo

Departamento de Ginecologia e Patologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo (SP), Brasil; Departamento de Mastologia do Hospital Pérola Byington, São Paulo (SP), Brasil.

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Publicado

2010-01-28

Como Citar

Melitto, A. S., Mattar, A., Cintra, K. A., Soares, F. A., Waitzberh, Ângela F. L., & Gebrim, L. H. (2010). Estudo do biomarcador p16 no carcinoma de mama de mulheres submetidas à endocrinoterapia primária de curta duração com tamoxifeno e anastrozol. Revista Brasileira De Mastologia, 20(1), 10–14. Recuperado de https://revistamastology.emnuvens.com.br/rbm/article/view/13

Edição

Seção

Artigo Original