Mortalidade por câncer de mama em mulheres indígenas brasileiras

Autores

  • Ruffo Freitas Junior Hospital Araújo Jorge da Associação de Combate ao Câncer
  • Leonardo Ribeiro Soares Universidade Federal de Goiás
  • Carolina Maciel Reis Gonzaga Universidade Federal de Goiás
  • Ana Luiza Lima Sousa Universidade Federal de Goiás
  • Marilana Geimba de Lima Secretaria Municipal de Saúde Pública de Campo Grande
  • Ludmilla Watanabe Branquinho Faculdade de Medicina e membro da Liga da Mama
  • Marta Rovery Souza Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública

Palavras-chave:

Neoplasias da mama, Epidemiologia, Mortalidade, População Indígena, Brasil

Resumo

Objetivo: Avaliar a mortalidade por câncer de mama em mulheres indígenas do Brasil, nos anos de 2000 e de 2010. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, realizado por meio de coleta de número de óbitos por câncer de mama em mulheres indígenas brasileiras, nos anos de 2000 e de 2010. Os dados foram obtidos por meio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Sistema de Informações sobre Mortalidade. Foram calculadas as taxas de mortalidade bruta e a razão de risco (RR) entre a mortalidade observada entre mulheres de cor branca e indígenas, considerando um intervalo de confiança de 95% (IC95%). Para o teste do χ2 com correção de Yates, valores de p<0,05 foram considerados significativos. Resultados: No Brasil, a taxa bruta de mortalidade para mulheres indígenas foi de 4,72/100.000 em 2000, e de 2,23/100.000 em 2010. Na distribuição por macrorregiões, observou-se que de 10 óbitos registrados em 2000, oito ocorreram na região Sudeste. Já em 2010, entre os cinco óbitos registrados, três ocorreram na região Norte. As mulheres indígenas brasileiras apresentaram menor risco de mortalidade em relação às mulheres de cor branca, tanto em 2000 (RR: 0,25; IC95% 0,138–0,47; p<0,001) quanto em 2010 (RR: 0,094; IC95% 0,03–0,22; p<0,001). Conclusão: A taxa de mortalidade por câncer de mama em mulheres indígenas no Brasil foi significantemente inferior ao observado em mulheres brancas, possivelmente em decorrência de variações étnicas, geográficas e socioculturais. Esses dados podem contribuir para o desenvolvimento de estratégias direcionadas ao controle da neoplasia mamária na população indígena brasileira.

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Biografia do Autor

Ruffo Freitas Junior, Hospital Araújo Jorge da Associação de Combate ao Câncer

Hospital Araújo Jorge da Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG) – Goiânia (GO), Brasil. Programa de Mastologia da UFG – Goiânia (GO), Brasil.

Leonardo Ribeiro Soares, Universidade Federal de Goiás

Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG) – Goiânia (GO), Brasil.

Carolina Maciel Reis Gonzaga, Universidade Federal de Goiás

Programa de Mastologia da UFG – Goiânia (GO), Brasil

Ana Luiza Lima Sousa, Universidade Federal de Goiás

Faculdade de Enfermagem da UFG – Goiânia (GO), Brasil.

Marilana Geimba de Lima, Secretaria Municipal de Saúde Pública de Campo Grande

Setor de Mastologia da Secretaria Municipal de Saúde Pública de Campo Grande – Campo Grande (MS), Brasil.

Ludmilla Watanabe Branquinho, Faculdade de Medicina e membro da Liga da Mama

Faculdade de Medicina e membro da Liga da Mama da UFG – Goiânia (GO), Brasil.

Marta Rovery Souza, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública

Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da UFG – Goiânia (GO), Brasil.

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Publicado

2015-04-29

Como Citar

Freitas Junior, R., Soares, L. R., Gonzaga, C. M. R., Sousa, A. L. L., Lima, M. G. de, Branquinho, L. W., & Souza, M. R. (2015). Mortalidade por câncer de mama em mulheres indígenas brasileiras. Revista Brasileira De Mastologia, 25(2), 41–45. Recuperado de https://revistamastology.emnuvens.com.br/rbm/article/view/174

Edição

Seção

Artigo Original