Análise da expressão de carboidratos no estroma do carcinoma ductal invasivo da mama e sua correlação com dados clínicos e histopatológicos

Autores

  • Moacyr Jesus Barreto de Melo Rêgo Universidade Federal de Pernambuco
  • Marina Ferraz Cordeiro Universidade Federal de Pernambuco
  • Carmelita Bezerra de Lima Cavalcanti Universidade Federal de Pernambuco
  • Joelma Rodrigues de Souza Fundação Oswaldo Cruz
  • Eduardo Isidoro Carneiro Beltrão Universidade Federal de Pernambuco

Palavras-chave:

Carcinoma ductal de mama, Lecitinas, Imunoistoquímica, Carboidratos

Resumo

Analisar o perfil de carboidratos no estroma do carcinoma ductal invasivo, usando histoquímica com lectinas, e correlacionar os achados com dados clínicos e histopatológicos. Métodos: Estudo retrospectivo baseado na análise dos casos de 30 pacientes diagnosticados com carcinoma ductal invasivo durante o período de maio a outubro de 2008. As mostras tumorais foram submetidas à histoquímica com lectinas, na qual foram utilizadas as lectinas conjugadas à peroxidase: PNA-Per, 25 mg/mL, UEA-I-Per, 40 mg/mL e Con A-Per, 40 mg/mL específicas para D-galactose, L-fucose e glicose/manose, respectivamente. Posteriormente, os achados histoquímicos foram relacionados com os dados clínicos e histopatológicos (idade, invasão linfonodal, status para p53, tamanho tumoral e variante histológica) das pacientes. Resultados: Na histoquímica com lectinas, a Con A reconheceu a matriz extracelular em 53,33% dos casos, enquanto a PNA e a UEA-I reconheceram 30 e 40%. Já o endotélio de vasos sanguíneos foi mais reconhecido pela UEA-I (40% dos casos) que a Con A (10% dos casos). Biópsias de pacientes cuja matriz extracelular foi reconhecida pela Con A foram positivas também para p53 (p = 0,029), e todos os casos positivos para p53 (p = 0,041) tiveram os respectivos endotélios vasculares reconhecidos por essa lectina. O reconhecimento do estroma pela UEA-I em relação à variante histológica pouco diferenciada mostrou-se significativo (p = 0,034) em relação às demais variáveis analisadas. Conclusões: Os resultados indicaram o potencial das lectinas como sondas eficientes e os glicoconjugados de estroma como biomarcadores ou fonte de informações da biologia tumoral do carcinoma ductal invasivo.

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Biografia do Autor

Moacyr Jesus Barreto de Melo Rêgo, Universidade Federal de Pernambuco

Setor de Patologia do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE – Recife (PE), Brasil. Doutorando em Inovação Terapêutica pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE – Recife (PE), Brasil.

Marina Ferraz Cordeiro, Universidade Federal de Pernambuco

Setor de Patologia do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE – Recife (PE), Brasil.

Carmelita Bezerra de Lima Cavalcanti, Universidade Federal de Pernambuco

Setor de Patologia do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE – Recife (PE), Brasil.

Joelma Rodrigues de Souza, Fundação Oswaldo Cruz

Doutoranda em Saúde Pública pelo Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz – Recife (PE), Brasil.

Eduardo Isidoro Carneiro Beltrão, Universidade Federal de Pernambuco

Setor de Patologia do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE – Recife (PE), Brasil. Professor adjunto do Departamento de Bioquímica da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE – Recife (PE), Brasil.

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Publicado

2010-04-19

Como Citar

Rêgo, M. J. B. de M., Cordeiro, M. F., Cavalcanti, C. B. de L., Souza, J. R. de, & Beltrão, E. I. C. (2010). Análise da expressão de carboidratos no estroma do carcinoma ductal invasivo da mama e sua correlação com dados clínicos e histopatológicos. Revista Brasileira De Mastologia, 20(3), 109–114. Recuperado de https://revistamastology.emnuvens.com.br/rbm/article/view/33

Edição

Seção

Artigo Original