Reconstrução mamária imediata na gestação e na lactação

Autores

  • Cicero de Andrade Urban Hospital Nossa Senhora das Graças
  • Rubens Lima Hospital Nossa Senhora das Graças
  • Eduardo Schünemann Hospital Nossa Senhora das Graças
  • Cléverton Spautz Hospital Nossa Senhora das Graças
  • Iris Rabinovich Hospital Nossa Senhora das Graças

Palavras-chave:

Complicações neoplásicas na gravidez, Neoplasias da mama cirurgia, Cirurgia mamoplastia

Resumo

Introdução: Câncer de mama associado à gestação (CAG) inclui todos aqueles casos diagnosticados durante o período da gestação até aqueles detectados um ano depois, no período da lactação. Até 10% das pacientes diagnosticadas com câncer de mama antes dos 40 anos estão grávidas. Embora a mastectomia seja a indicação mais frequente nesse grupo, não existem dados sobre a reconstrução mamária imediata, e a maioria dos autores indica que se adie a reconstrução. Objetivo: O objetivo deste estudo foi apresentar um modelo que permite a reconstrução mamária imediata nesse grupo complexo de pacientes, sem comprometimento para o tratamento oncológico ou para a evolução fetal. Métodos: Trata-se de uma série de pacientes consecutivas com CAG, acompanhadas de maneira retrospectiva e prospectiva, e submetidas à mastectomia e reconstrução mamária imediata na Unidade de Mama do Hospital Nossa Senhora das Graças em Curitiba, no período entre Março de 2004 até Julho de 2008. Resultados: Entre um total de 598 casos de carcinomas invasivos, 10 (1,7%) CAG foram selecionados para este estudo. Essas pacientes eram mais jovens e com tumores biologicamente mais agressivos do que as pacientes fora do período associado com a gestação. A decisão sobre a reconstrução mamária imediata seguiu um protocolo específico criado dentro da unidade. Uma paciente do primeiro trimestre (n=1) foi submetida à reconstrução mamária imediata com prótese definitiva e simetrização. Duas pacientes do segundo e terceiros trimestres (n=2) foram submetidas à reconstrução mamária imediata com expansores. As pacientes diagnosticadas durante a lactação foram submetidas à reconstrução imediata com expansores temporários (n=5) e uma (n=1), cuja lactação tinha cessado há três meses, foi submetida à reconstrução mamária imediata com prótese definitiva e simetrização imediata. Não foram observadas complicações ou atraso no início do tratamento adjuvante neste grupo de pacientes. Uma paciente necessitou radioterapia no plastrão e apresentou contratura capsular tipo Baker 2. Conclusões: Todas as pacientes encontram-se vivas e sem evidência de doença neste grupo, e a evolução fetal não foi comprometida pela cirurgia. Esse modelo de reconstrução mamária imediata não compromete o feto, nem aumenta os riscos clínicos e oncológicos.

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Biografia do Autor

Cicero de Andrade Urban, Hospital Nossa Senhora das Graças

MD, PhD, Breast Unit of Hospital Nossa Senhora das Graças – HNSG; Medical and Dentistry School of Universidade Positivo – UP – Curitiba (PR), Brazil.

Rubens Lima, Hospital Nossa Senhora das Graças

MD, Breast Unit of Hospital Nossa Senhora das Graças – HNSG – Curitiba (PR), Brazil.

Eduardo Schünemann, Hospital Nossa Senhora das Graças

MD, Breast Unit of Hospital Nossa Senhora das Graças – HNSG – Curitiba (PR), Brazil.

Cléverton Spautz, Hospital Nossa Senhora das Graças

MD, Breast Unit of Hospital Nossa Senhora das Graças – HNSG – Curitiba (PR), Brazil.

Iris Rabinovich, Hospital Nossa Senhora das Graças

MD, Breast Unit of Hospital Nossa Senhora das Graças – HNSG – Curitiba (PR), Brazil.

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Publicado

2010-04-19

Como Citar

Urban, C. de A., Lima, R., Schünemann, E., Spautz, C., & Rabinovich, I. (2010). Reconstrução mamária imediata na gestação e na lactação. Revista Brasileira De Mastologia, 20(3), 115–121. Recuperado de https://revistamastology.emnuvens.com.br/rbm/article/view/38

Edição

Seção

Artigo Original