Neoadjuvância sistêmica

Autores

  • José Luiz Pedrini Hospital Nossa Senhora da Conceição
  • Mario Casales Schorr Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
  • Regina Pedrini Braga Hospital Nossa Senhora da Conceição
  • Ricardo Francalacci Savaris Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Bianca da Silva Marques Hospital Nossa Senhora da Conceição

Palavras-chave:

Terapia neoadjuvante, Antineoplásicos uso terapêutico, Neoplasias da mama quimioterapia

Resumo

A neoadjuvância sistêmica é a aplicação de terapia antineoplásica como primeiro tratamento em pacientes sem evidência de metástases e com intenção plena de controle da doença. É também chamada de primária, pré-operatória, perioperatória, basal ou de indução. Cada vez mais pacientes estão sendo tratados com quimioterapia (QT), hormonioterapia (HT) e imunoterapia (IT) antes do tratamento cirúrgico e em estágios mais precoces da doença. A chamada Estratégia de Tratamento Multidisciplinar consiste no tratamento sistêmico primário ou adjuvante associada ao tratamento locorregional, através da cirurgia e radioterapia (RT). O tratamento do câncer de mama, em especial o localmente avançado, é baseado nesse planejamento, e a QT com antracíclicos e taxanos ocupa o papel central. Entretanto, a utilização de dados histológicos e marcadores imuno-histoquímicos relacionados à biologia molecular e à expressão genética tumoral conduzem à individualização do tratamento, que consiste na obtenção do máximo de informações disponíveis sobre o tumor para oferecer o tratamento mais adequado para cada paciente. Em relação à IT, ou terapia alvo, muitos ensaios clínicos têm mostrado bons índices de resposta em pacientes HER 2 positivo com esquemas quimioterápicos contendo Trastuzumab. Outras drogas anti-HER 2 também têm sido testadas. A HT neoadjuvante como tratamento único pode ser uma opção adequada em pós-menopáusicas com receptores hormonais (RH) positivo, e os inibidores da aromatase (IA) são a opção de escolha. As principais vantagens do tratamento sistêmico primário consistem na melhora das condições cirúrgicas, uma melhor avaliação do potencial de resposta tumoral à terapia sistêmica e uma possível melhora da sobrevida.

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Biografia do Autor

José Luiz Pedrini, Hospital Nossa Senhora da Conceição

Doutor em Medicina; Chefe do Serviço e da Residência Médica do Hospital Nossa Senhora da Conceição de Porto Alegre, Porto Alegre (RS), Brasil.

Mario Casales Schorr, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

Pós-graduando (Doutorado) em Medicina pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre (RS), Brasil; Preceptor da Residência Médica em Mastologia do Hospital Nossa Senhora da Conceição de Porto Alegre, Porto Alegre (RS), Brasil.

Regina Pedrini Braga, Hospital Nossa Senhora da Conceição

Residente do Serviço de Mastologia do Hospital Nossa Senhora da Conceição de Porto Alegre, Porto Alegre (RS), Brasil.

Ricardo Francalacci Savaris, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professor Associado do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre (RS), Brasil.

Bianca da Silva Marques, Hospital Nossa Senhora da Conceição

Ex-Residente do Serviço de Mastologia do Hospital Nossa Senhora da Conceição de Porto Alegre, Porto Alegre (RS), Brasil.

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Publicado

2010-04-19

Como Citar

Pedrini, J. L., Schorr, M. C., Braga, R. P., Savaris, R. F., & Marques, B. da S. (2010). Neoadjuvância sistêmica. Revista Brasileira De Mastologia, 20(3), 149–155. Recuperado de https://revistamastology.emnuvens.com.br/rbm/article/view/41

Edição

Seção

Artigo de Revisão