Correlação entre as alterações radiológicas e o diagnóstico histológico de lesões não palpáveis ressecadas por agulhamento

Autores

  • Danila Pinheiro Hubie Hospital Erasto Gaertner
  • José Clemente Linhares Hospital Erasto Gaertner
  • Tatiana Zacharow Wallbach Hospital Erasto Gaertner
  • Sérgio Bruno Bonatto Hatschbach Hospital Erasto Gaertner

Palavras-chave:

Câncer de mama, Diagnóstico, Cirurgia, Mamografia

Resumo

Objetivo: O estudo teve como objetivo avaliar o BI-RADS® como preditor de malignidade nas lesões não palpáveis e a indicação da ressecção cirúrgica guiada agulhamento, através da correlação entre as alterações radiológicas e o diagnóstico histológico. Métodos: Estudo retrospectivo do tipo analítico-descritivo que envolveu 99 mulheres submetidas a 100 biópsias cirúrgicas por agulhamento de alterações não palpáveis, marcadas pré-cirurgicamente por ultrassonografia ou estereotaxia no período de janeiro a outubro de 2010. Resultados: Do total de 100 casos analisados, 47% apresentaram-se como microcalcificações, 46% como nódulos, 5% como nódulos contendo microcalcificações, 1% como assimetria e 1% como distorção focal. A análise histológica confirmou o diagnóstico de lesões benignas, caracterizadas por alterações fibrocísticas, hiperplasias sem atipias, adenose simples, ectasia ductal e fibroadenoma em 37% dos casos. As lesões de alto risco para malignidade, representadas no estudo, por hiperplasias com atipias, adenose esclerosante, cicatriz radial, papilomas complexos e tumor filodes somaram 16%. As neoplasias in situ 11% e os carcinomas infiltrativos 36%. Os achados mamográficos mais relacionados às lesões malignas foram: 80% dos nódulos contendo microcalcificações, 51,8% dos nódulos e 40,3% das microcalcificações, sendo que 42% das lesões classificadas como categoria 4 do BI-RADS e 78,5% das alterações classificadas como categoria 5 confirmaram malignidade. Conclusão: Conclui-se que o sistema BI-RADS® pode ser utilizado com preditor de malignidades nas lesões não palpáveis das categorias quatro e cinco, que a ressecção cirúrgica foi bem indicada em 63% das pacientes, e que em 72,4% das pacientes com malignidade o mesmo procedimento cirúrgico foi diagnóstico e terapêutico.

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Biografia do Autor

Danila Pinheiro Hubie, Hospital Erasto Gaertner

Médica-residente do Serviço de Mastologia do HEG – Curitiba (PR), Brasil.

José Clemente Linhares, Hospital Erasto Gaertner

Médico-titular do Serviço de Ginecologia e Mama do HEG – Curitiba (PR), Brasil.

Tatiana Zacharow Wallbach, Hospital Erasto Gaertner

Médica-titular do Serviço de Radiologia do HEG – Curitiba (PR), Brasil.

Sérgio Bruno Bonatto Hatschbach, Hospital Erasto Gaertner

Chefe do Serviço de Ginecologia e Mama do HEG – Curitiba (PR), Brasil.

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Publicado

2011-07-20

Como Citar

Hubie, D. P., Linhares, J. C., Wallbach, T. Z., & Hatschbach, S. B. B. (2011). Correlação entre as alterações radiológicas e o diagnóstico histológico de lesões não palpáveis ressecadas por agulhamento. Revista Brasileira De Mastologia, 21(3), 101–106. Recuperado de https://revistamastology.emnuvens.com.br/rbm/article/view/45

Edição

Seção

Artigo Original