Impacto do fenótipo triplo-negativo no prognóstico de pacientes com câncer de mama de uma unidade de referência no Brasil central

Autores

  • Reyner Abrantes Stival Pontifícia Universidade Católica de Goiás
  • Luís Roberto de Almeida Martins Pontifícia Universidade Católica de Goiás
  • Junelle Paganini Hospital Araújo Jorge
  • Gustavo Nogueira Caixeta Hospital Araújo Jorge
  • Wilmar Jose Manoel Hospital Araújo Jorge
  • Elbio Cândido de Paula Universidade Federal de Goiás
  • Flavio Monteiro Ayres Universidade Estadual de Goiás
  • Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva Pontifícia Universidade Católica de Goiás
  • Diego Franciel Marques Mühlbeier Hospital Araújo Jorge
  • Vera Aparecida Saddi Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Palavras-chave:

Neoplasias da mama, Triplo-negativo, Prognóstico

Resumo

Introdução: O câncer de mama triplo-negativo inclui os tumores que não expressam receptores de estrógeno, receptores de progesterona e HER2. O subtipo triplo-negativo apresenta características mais agressivas, como aparecimento em idade mais precoce, estágio avançado ao diagnóstico, alta graduação histológica e nuclear, alto índice mitótico, maior frequência de metástases regionais e à distância, além de menor sobrevida. Objetivo: Comparar os aspectos clínicos e patológicos de 345 pacientes com carcinomas mamários tratadas em um hospital de referência na região Centro-oeste do Brasil, a fim de avaliar o impacto do fenótipo triplo-negativo no prognóstico das pacientes. Metodologia: As pacientes foram selecionadas no Laboratório de Anatomia Patológica da instituição e os dados clínicos e patológicos coletados a partir dos respectivos prontuários. A análise estatística empregou análise univariada e análise de sobrevida pelo método de Kaplan-Meier e Log-rank. Resultados: Os fatores prognósticos clássicos foram comprovados para o grupo, incluindo comprometimento de linfonodos regionais (p<0,001), metástase à distância (p<0,001) e tamanho do tumor (p<0,001). Quando os tumores, distribuídos em dois grupos (TN e NTN), foram comparados, diferenças estatisticamente significativas foram observadas com relação ao grau nuclear (p<0,0001) e à sobrevida em cinco anos (p<0,0001), que variou de 70,3% para as pacientes NTN a 47,1% para as pacientes TN. Conclusão: Nossos resultados confirmam o perfil mais agressivo dos tumores TN que, independentemente dos fatores prognósticos clássicos dos carcinomas de mama, cursam com maior agressividade e maior taxa de mortalidade, requerendo assim maior atenção assistencial.

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Biografia do Autor

Reyner Abrantes Stival, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Graduando do Departamento de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás) – Goiânia (GO), Brasil.

Luís Roberto de Almeida Martins, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Graduando do Departamento de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás) – Goiânia (GO), Brasil.

Junelle Paganini, Hospital Araújo Jorge

Biomédica. Mestre em Genética pela PUC-Goiás – Goiânia (GO), Brasil.

Gustavo Nogueira Caixeta, Hospital Araújo Jorge

Biomédico. Mestre em Biologia Molecular pela Universidade Federal de Goiás (UFG).Técnico do Laboratório de Imunoistoquímica do Hospital Araújo Jorge (HAJ)/Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG) – Goiânia (GO), Brasil.

Wilmar Jose Manoel, Hospital Araújo Jorge

Mastologista e Cirurgião Oncológico do HAJ/ACCG e do Centro Brasileiro de Radioterapia, Oncologia e Mastologia (CEBROM). Mestre em Genética pela PUC-Goiás. Doutor em Ciências da Saúde pela UFG – Goiânia (GO), Brasil.

Elbio Cândido de Paula, Universidade Federal de Goiás

Médico Patologista do Setor de Anatomia Patológica do HAJ/ACCG. Professor do Departamento de Patologia da UFG – Goiânia (GO), Brasil.

Flavio Monteiro Ayres, Universidade Estadual de Goiás

Docente da Universidade Estadual de Goiás (UEG) – Goiânia (GO), Brasil.

Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Docente do Departamento de Medicina da PUC-Goiás – Goiânia (GO), Brasil.

Diego Franciel Marques Mühlbeier, Hospital Araújo Jorge

Biomédico. Mestre em Genética pela PUC-Goiás – Goiânia (GO), Brasil

Vera Aparecida Saddi, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Docente da PUC-Goiás. Coordenadora do Laboratório de Transplante de Medula Óssea do HAJ/ACCG – Goiânia (GO), Brasil.

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Publicado

2012-01-15

Como Citar

Stival, R. A., Martins, L. R. de A., Paganini, J., Caixeta, G. N., Manoel, W. J., Paula, E. C. de, … Saddi, V. A. (2012). Impacto do fenótipo triplo-negativo no prognóstico de pacientes com câncer de mama de uma unidade de referência no Brasil central. Revista Brasileira De Mastologia, 22(1), 6–12. Recuperado de https://revistamastology.emnuvens.com.br/rbm/article/view/57

Edição

Seção

Artigo Original