Sexualidade de mulheres mastectomizadas e submetidas à reconstrução mamária

Autores

  • João Ricardo Moreira UNIFESP
  • Miguel Sabino Neto UNIFESP
  • Juliana Bottas Pereira Hospital Pérola Bayton
  • Thiago Biasi Hospital Pérola Bayton
  • Elvio Bueno Garcia UNIFESP
  • Lydia Masako Ferreira UNIFESP

Palavras-chave:

Qualidade de vida, Sexualidade, Mastectomia

Resumo

Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar, por meio do questionário FSFI (Female Function Sexual Index), e comparar a sexualidade de mulheres mastectomizadas e de mulheres que se submeteram à reconstrução mamária pós-tratamento do câncer de mama. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo transversal. A casuística foi composta por dois grupos, um com 17 mulheres mastectomizadas e outro com 19 mulheres submetidas à reconstrução mamária pós-mastectomia, com idades entre 18 e 60 anos. Os critérios de exclusão foram: analfabetismo, vigência de tratamento de quimioterapia, radioterapia ou psiquiátrico e o tratamento cirúrgico a menos de um ano. Todas elas são pacientes dos ambulatórios de cirurgia plástica ou de mastologia da Universidade Federal de São Paulo. As voluntárias responderam ao questionário FSFI. A análise estatística foi realizada aplicando-se o teste t de Student e o coeficiente de correlação de Pearson, tendo sido adotado o nível de significância de p ≤ 0,05. Resultados: Os escores obtidos das respostas das mulheres mastectomizadas foram significativamente menores que os das submetidas à reconstrução (médias: 10,15 ± 2,636 e 22,44 ±3,055, respectivamente; p = 0,0057). Não foram observadas correlações entre os escores e o tempo de pós-operatório (pós – p = 0,9382; pré – p = 0,2142), assim como para o desenvolvimento de atividade remunerada (pós – p = 0,7699; pré – p = 0,5245), relação estável (pós - p = 0,2613; pré – p = 0,5245) e idade (pós - p = 0,3951; pré – p = 0,8427) entre os dois grupos. A idade média das pacientes não teve diferença significativa (p = 0,4740; média pós = 47,71 ± 2,012; média pré = 46,69 ± 1,809). Conclusão: Existe melhora da função sexual das pacientes mastectomizadas após a reconstrução mamária.

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Biografia do Autor

João Ricardo Moreira, UNIFESP

Acadêmico do 6º ano médico da UNIFESP; Bolsista de iniciação científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), São Paulo (SP), Brasil.

Miguel Sabino Neto, UNIFESP

Professor-Associado Livre-Docente da Disciplina de Cirurgia Plástica da UNIFESP, São Paulo (SP), Brasil.

Juliana Bottas Pereira, Hospital Pérola Bayton

Médicos Assistentes do Hospital Pérola Bayton, São Paulo (SP), Brasil.

Thiago Biasi, Hospital Pérola Bayton

Médicos Assistentes do Hospital Pérola Bayton, São Paulo (SP), Brasil.

Elvio Bueno Garcia, UNIFESP

Professor Afiliado da Disciplina de Cirurgia Plástica da UNIFESP, São Paulo (SP), Brasil.

Lydia Masako Ferreira, UNIFESP

Professora Titular da Disciplina de Cirurgia Plástica e Chefe do Departamento de Cirurgia da UNIFESP, São Paulo (SP), Brasil.

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Publicado

2010-10-11

Como Citar

Moreira, J. R., Sabino Neto, M., Pereira, J. B., Biasi, T., Garcia, E. B., & Ferreira, L. M. (2010). Sexualidade de mulheres mastectomizadas e submetidas à reconstrução mamária. Revista Brasileira De Mastologia, 20(4), 177–182. Recuperado de https://revistamastology.emnuvens.com.br/rbm/article/view/968

Edição

Seção

Artigo Original