A oncloplastia e o tempo de treinamento do cirurgião

Autores

  • René Aloísio da Costa Vieira Hospital de Câncer de Barretos
  • Ângelo Gustavo Zucca Matthes Hospital de Câncer de Barretos
  • Rodrigo Augusto Depieri Michelli Hospital de Câncer de Barretos
  • Gustavo Fabri Pereira Ribeiro Hospital de Câncer de Barretos
  • Marcelo Luiz Holanda de Mendonça Hospital de Câncer de Barretos
  • Antonio Bailão Jr Hospital de Câncer de Barretos
  • Raphael Luiz Haikel Hospital de Câncer de Barretos
  • Ângelo da Carmo Silva Matthes Faculdade de Medicina Barão de Mauá

Palavras-chave:

Neoplasias da mama, cirurgia, Procedimentos cirúrgicos, reconstrutivos, educação, Capacitação, Neoplasias, Cirurgia plástica

Resumo

Introdução: A cirurgia oncoplástica se tornou uma realidade em nosso meio, porém muitos mastologistas necessitam de habilitação nesse contexto. Atualmente, questiona-se quais profissionais podem realizar a oncoplastia e quando poderão realizar esse procedimento, sendo considerada a necessidade de um treinamento mínimo. Objetivo: Avaliar a taxa de realização de cirurgias oncoplásticas e a relação entre o tempo de treinamento do cirurgião em oncoplastia. Métodos: Estudo retrospectivo das 2.129 pacientes submetidas à cirurgia mamária no Serviço de Mastologia de Hospital de Câncer de Barretos, no período de Janeiro de 2006 a Junho de 2008. Todos os procedimentos cirúrgicos foram realizados por cirurgiões oncológicos ou mastologistas. O treinamento em oncoplastia dos profissionais variou de seis meses (cirurgião A) a dez anos (E), com mediana de três anos, sendo três profissionais com três anos de experiência (B e C); porém, destes, um apresentou treinamento exclusivo em oncoplastia por um ano (D). Procurou-se avaliar o percentual de cirurgias oncoplásticas realizadas no serviço, bem como o risco relativo (RR) do cirurgião como fator de risco para indicação da cirurgia oncoplástica. Resultados: Das cirurgias realizadas, 275 (12,9%) foram catalogadas como cirurgias oncoplásticas. Avaliando os semestres, a taxa de cirurgias oncoplásticas variou de 10,9 a 15%. Em cirurgiões com ênfase exclusiva em cirurgia oncológica, não se observou a realização de cirurgia oncoplástica. Nos cirurgiões com treinamento em oncoplastia, a taxa de realização desse procedimento variou de 2,2 a 33,3%. As frequências das cirurgias oncoplásticas foram, para os cirurgiões A, B, C, D e E, respectivamente, 2,2, 12,2, 12,2, 17,5 e 33,3%. A indicação foi proporcional ao tempo de treinamento (p < 0,001). Considerando o risco de realização do procedimento, tendo como base o cirurgião de menor treinamento (A), observou-se para o cirurgião B um RR 12,3 (IC: 5,2-28,9); para o cirurgião C um RR de 12,5 (IC: 5,3-29,4); para o cirurgião D um RR de 18,6 (IC: 7,6-45,4) e para o cirurgião E um RR de 41,1 (IC: 17,9-94,4) – p<0,001. Conclusões: O tempo de treinamento do cirurgião influenciou efetivamente na indicação da oncoplastia. Centros de treinamento em oncoplastia devem ser estimulados.

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Biografia do Autor

René Aloísio da Costa Vieira, Hospital de Câncer de Barretos

Cirurgião Titular do Departamento de Mastologia e Reconstrução Mamária do Hospital de Câncer de Barretos/Fundação Pio XII, Barretos (SP), Brasil.

Ângelo Gustavo Zucca Matthes, Hospital de Câncer de Barretos

Cirurgião Titular do Departamento de Mastologia e Reconstrução Mamária do Hospital de Câncer de Barretos/Fundação Pio XII, Barretos (SP), Brasil.

Rodrigo Augusto Depieri Michelli, Hospital de Câncer de Barretos

Cirurgião Titular do Departamento de Mastologia e Reconstrução Mamária do Hospital de Câncer de Barretos/Fundação Pio XII, Barretos (SP), Brasil.

Gustavo Fabri Pereira Ribeiro, Hospital de Câncer de Barretos

Cirurgião Titular do Departamento de Mastologia e Reconstrução Mamária do Hospital de Câncer de Barretos/Fundação Pio XII, Barretos (SP), Brasil.

Marcelo Luiz Holanda de Mendonça, Hospital de Câncer de Barretos

Especializando em Mastologia do Departamento de Mastologia e Reconstrução Mamária do Hospital de Câncer de Barretos/Fundação Pio XII, Barretos (SP), Brasil.

Antonio Bailão Jr, Hospital de Câncer de Barretos

Cirurgião Titular do Departamento de Mastologia e Reconstrução Mamária do Hospital de Câncer de Barretos/Fundação Pio XII, Barretos (SP), Brasil.

Raphael Luiz Haikel, Hospital de Câncer de Barretos

Cirurgião Titular do Departamento de Mastologia e Reconstrução Mamária do Hospital de Câncer de Barretos/Fundação Pio XII, Barretos (SP), Brasil. Chefe do Departamento de Mastologia e Reconstrução Mamária do Hospital de Câncer de Barretos/Fundação Pio XII, Barretos (SP), Brasil.

Ângelo da Carmo Silva Matthes, Faculdade de Medicina Barão de Mauá

Professor Titular da Faculdade de Medicina Barão de Mauá, Ribeirão Preto (SP), Brasil.

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Publicado

2010-04-28

Como Citar

Vieira, R. A. da C., Matthes, Ângelo G. Z., Michelli, R. A. D., Ribeiro, G. F. P., Mendonça, M. L. H. de, Bailão Jr, A., … Matthes, Ângelo da C. S. (2010). A oncloplastia e o tempo de treinamento do cirurgião. Revista Brasileira De Mastologia, 20(2), 66–70. Recuperado de https://revistamastology.emnuvens.com.br/rbm/article/view/20

Edição

Seção

Artigo Original