Tendências e atitudes para o treinamento oncoplástico em Mastologia no Brasil

Autores

  • Cícero Urban Hospital Nossa Senhora das Graças
  • Orivaldo Gazoto Júnior Hospital Regional Rosa Pedrossian
  • Douglas Miranda Pires Santa Casa de Misericórdia Belo Horizonte
  • Guilherme Novita Garcia Hospital Paulistano
  • Regis Resende Paulinelli Hospital Araújo Jorge
  • Vanessa Amoroso Hospital Nossa Senhora das Graças
  • Ruffo Freitas Júnior Hospital Araújo Jorge

Palavras-chave:

Reconstrução mamária, cirurgia oncoplástica, educação médica, neoplasias de mama

Resumo

Introdução: Existe um interesse e uma demanda crescente de treinamento oncoplástico (OP) e cirurgia reconstrutiva por cirurgiões de mama. No entanto, até agora tem faltado um modelo específico de treinamento neste campo na maioria dos países, sem dados com relação à curva de aprendizado. A Mastologia tem sido uma especialidade médica no Brasil desde 1978. É totalmente dedicada a estudar, prevenir, diagnosticar e gerenciar todas as doenças da mama. A incorporação de OP e cirurgia reconstrutiva na Mastologia apresenta uma série de desafios, e há algumas questões controversas a serem superadas. Objetivo: O objetivo deste estudo, portanto, foi analisar como a OP e as técnicas reconstrutivas estão sendo incorporadas no treinamento cirúrgico em Mastologia no Brasil. Métodos: uma pesquisa específica foi projetada para cobrir todos os residentes cirúrgicos que concluíram seu programa regular em Mastologia no Brasil em 2015 e 2016. Resultados: Foram incluídos 124 residentes de 49 unidades mamárias, com a maioria treinada durante todos os 2 anos de residência, conforme recomendado pela Sociedade Brasileira de Mastologia. Além disso, a maioria dos entrevistados foi capaz de realizar reconstruções e reconstruções mamárias parciais usando expansores e implantes. Mas ainda 20% deles apresentaram falta de treinamento específico nestas técnicas. Conclusão: uma vez que o controle local adequado da doença e da qualidade de vida está relacionado às decisões cirúrgicas, espera-se que os cirurgiões de mama ampliem seus limites e responsabilidades para melhorar a realidade da maioria dos pacientes com câncer de mama.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Waljee JF, Hu ES, Ubel PA, Smith DM, Newman LA, Alderman AK. Effect of Esthetic Outcome After Breast-Conserving Surgery on Psychosocial Functioning and Quality of Life. J Clin Oncol. 2008;26:3331-7.

Rombeau J, Goldberg A, Loveland-Jones C. Surgical mentoring: building tomorrow’s leaders. New York: Springer; 2010.

Urban CA. New classification for oncoplastic procedures in surgical practice. The Breast. 2008;17(4):321-2.

Cardoso MJ, Macmillan D, Merck B, Munhoz AM, Rainsbury R. Training in oncoplastic surgery: an international consensus. The 7th Portuguese Senology Congress, Vilamoura, 2009. The Breast. 2010;19:538-40.

Brown I, Wilson CR, Doughty JC, George WD, Cooke TG, Weiler-Mithoft EM, et al. The future of breast surgery: a new subspecialty of oncoplastic breast surgeons? The Breast. 2004;13:82.

Audisio R, Chagla LS. Oncoplastic fellowship: can we do better? The Breast. 2007;16:11-2.

Down SK, Pereira JH, Leinster S, Simpson A. Training the oncoplastic breast surgeon—current and future perspectives. Gland Surg. 2013;2(3):126-7.

Pass HA, Klimberg SV, Copeland III EM. Are “breast-focused” surgeons more competent? Ann Surg Oncol. 2008;15:953-5.

Losken A, Kapadia S, Egro FM, Baecher KM, Styblo TM, Carlson GW. Current Opinion on the Oncoplastic

Approach in the USA. Breast J. 2016 (in press). doi: 10.1111/tbj.12592

Urban CA. Oncoplastic in pre-paradigm era: a Brazilian perspective in an American problem. Plast Reconst Surg. 2010;125:1839-41.

Nahabedian MY. “Plastic surgery”… beware. Plast Reconstr Surg. 2014;133:965-6.

Losken A, Nahabedian MY. Oncoplastic breast surgery: past, present, and future directions in United States. Plast Reconstr Surg. 2009;124:969-72. Urban CA, Schwartz JC. Oncoplastic surgeons: heros or villains? Plast Reconstr Surg. 2014;133:845-6.

Urban CA, Rietjens M, Hurley II J. Oncoplastic and reconstructive surgery: qualifications, limits, and mentoring. In: Urban CA, Rietjens M (eds.). Oncoplastic and reconstructive breast surgery. New York: Springer; 2013.

Munhoz AM, Aldrighi CM, Ferreira MC. Paradigms in oncoplastic breast surgery: A careful assessment of the oncological need and esthetic objective. Breast J. 2007;13:326-7.

Matthes AGZ, Vieira R, Micheli RAD, Ribeiro GH, Bailão A Jr., Haikel RL, et al. The development of an oncoplastic training center – OTC. Int J Surg. 2012;10:265-9.

Liedke PE, Finkelstein DM, Szymonifka J, Barrios CH, Chavarri-Guerra Y, Bines J, et al. Outcomes of breast cancer in Brazil related to health care coverage: a retrospective cohort study. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2014 Jan;23(1):126-33.

Lee BL, Liedke PE, Barrios CH, Simon SD, Finkelstein DM, Goss PE. Breast cancer in Brazil: present status and future goals. Lancet Oncol. 2012 Mar;13(3):e95-e102.

Downloads

Publicado

2017-07-02

Como Citar

Urban, C., Gazoto Júnior, O., Pires, D. M., Garcia, G. N., Paulinelli, R. R., Amoroso, V., & Freitas Júnior, R. (2017). Tendências e atitudes para o treinamento oncoplástico em Mastologia no Brasil. Mastology, 27(3), 182–186. Recuperado de https://revistamastology.emnuvens.com.br/revista/article/view/494

Edição

Seção

Original Articles