Frequência e fatores associados à lesão da veia axilar em mulheres submetidas à linfadenectomia axilar no tratamento cirúrgico do câncer de mama
Palavras-chave:
Neoplasias da mama, Cirurgia, Tratamento, Linfadenectomia, Veia axilarResumo
Objetivo: Avaliar quais variáveis se apresentam como fatores de risco associados à lesão da veia axilar durante a linfadenectomia no tratamento cirúrgico de pacientes portadoras de câncer de mama. Métodos: Estudo retrospectivo realizado por meio da análise de prontuário eletrônico de 1.007 pacientes submetidas a esvaziamento axilar no Hospital Erasto Gaertner, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2014. Foram avaliados, por meio de um questionário padrão, os seguintes possíveis fatores de risco: idade, índice de massa corpórea (IMC), presença de metástase axilar palpável no exame clínico, linfonodo sentinela pré-linfadenectomia, presença de metástase axilar no transoperatório, tamanho da metástase e se estava aderida aos vasos axilares, presença de invasão do músculo peitoral, ressecção do músculo peitoral menor, incisão axilar separada da incisão mamária, radioterapia prévia, quimioterapia neoadjuvante e estadiamento pré e pós-operatório. Para cada paciente que apresentou lesão de veia axilar foi realizado pareamento com dois controles homogêneos (idade, IMC, estadiamento pré-operatório, proposta cirúrgica e tratamento neoadjuvante). Resultados: Treze pacientes apresentaram lesão da veia axilar. Na avaliação transoperatória, em sua grande maioria, a axila estava positiva no grupo da lesão (10 casos = 76,9%) e no grupo controle (12 casos = 46,1%) e encontrava-se aderida aos vasos axilares em 10 casos no grupo da lesão (76,9%) e em 7 (26,9%) no grupo controle. Conclusões: Neste estudo, a presença de metástase axilar na avaliação transoperatória, bem como aderida aos vasos axilares, está associada ao risco aumentado de lesão de veia axilar durante a linfadenectomia.
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