Perfil epidemiológico do ambulatório de mastologia em um hospital universitário no noroeste do Paraná
Palavras-chave:
Epidemiologia, doenças mamárias, mamografia, ultrassonografia mamária, rastreamento, diagnósticoResumo
Introdução: Com o aumento da conscientização sobre o câncer de mama, descobrir um nódulo mamário pode causar estresse emocional nos pacientes. Dessa forma, métodos diagnósticos são empregados para distinguir e confirmar patologias mamárias benignas e malignas. Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico do Ambulatório de Mastologia do Hospital Universitário de Maringá, no período de um ano, definindo a incidência de patologias mamárias benignas e malignas em pacientes submetidos a rastreamento de câncer de mama na rede pública regional. Método: Estudo transversal, retrospectivo e descritivo, com a coleta de dados de pacientes atendidos no ambulatório de mastologia de março de 2015 a fevereiro de 2016. Resultados: Dos 103 pacientes, 99% eram mulheres, 82,3% entre 40 e 69 anos e 80,5% da cor branca. Em relação à queixa principal, 55% apresentaram exclusivamente um exame de imagem alterado, 7% apenas queixa clínica e 32% possuíam nódulo palpável além do exame de imagem com alterações. O principal achado nesses exames foram nódulos, presentes em 67,1% das mamografias e 80% das ultrassonografias mamárias, com classificação inconclusiva ou suspeita em 77,9% nas primeiras avaliações e 65,7% nas últimas. Biópsias foram realizadas em 71,8% dos pacientes. Patologias benignas corresponderam a 76,1% dos diagnósticos e 25 casos de câncer de mama foram identificados. Conclusão: O perfil epidemiológico encontrado no ambulatório analisado apresentou características semelhantes à literatura, no período estudado. Encaminhamentos para a especialidade apresentaram justificativa para tal pelas alterações nos exames de imagem que mereciam maior investigação. Procedimentos diagnósticos cumpriram seu papel, diferenciando e confirmando doenças mamárias benignas e malignas.
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