Perfil epidemiológico do ambulatório de mastologia em um hospital universitário no noroeste do Paraná

Autores

  • Edgar Junji Ito Universidade Estadual de Maringá. Hospital Universitário Regional de Maringá
  • Antonio Soares Safar Universidade Estadual de Maringá. Hospital Universitário Regional de Maringá

Palavras-chave:

Epidemiologia, doenças mamárias, mamografia, ultrassonografia mamária, rastreamento, diagnóstico

Resumo

Introdução: Com o aumento da conscientização sobre o câncer de mama, descobrir um nódulo mamário pode causar estresse emocional nos pacientes. Dessa forma, métodos diagnósticos são empregados para distinguir e confirmar patologias mamárias benignas e malignas. Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico do Ambulatório de Mastologia do Hospital Universitário de Maringá, no período de um ano, definindo a incidência de patologias mamárias benignas e malignas em pacientes submetidos a rastreamento de câncer de mama na rede pública regional. Método: Estudo transversal, retrospectivo e descritivo, com a coleta de dados de pacientes atendidos no ambulatório de mastologia de março de 2015 a fevereiro de 2016. Resultados: Dos 103 pacientes, 99% eram mulheres, 82,3% entre 40 e 69 anos e 80,5% da cor branca. Em relação à queixa principal, 55% apresentaram exclusivamente um exame de imagem alterado, 7% apenas queixa clínica e 32% possuíam nódulo palpável além do exame de imagem com alterações. O principal achado nesses exames foram nódulos, presentes em 67,1% das mamografias e 80% das ultrassonografias mamárias, com classificação inconclusiva ou suspeita em 77,9% nas primeiras avaliações e 65,7% nas últimas. Biópsias foram realizadas em 71,8% dos pacientes. Patologias benignas corresponderam a 76,1% dos diagnósticos e 25 casos de câncer de mama foram identificados. Conclusão: O perfil epidemiológico encontrado no ambulatório analisado apresentou características semelhantes à literatura, no período estudado. Encaminhamentos para a especialidade apresentaram justificativa para tal pelas alterações nos exames de imagem que mereciam maior investigação. Procedimentos diagnósticos cumpriram seu papel, diferenciando e confirmando doenças mamárias benignas e malignas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Nazário AC, Elias S, Facina G, Araujo Neto JT. Mastologia: condutas atuais. Barueri: Manole; 2016.

Nazário AC, Rego MF, Oliveira VM. Nódulos benignos da mama: uma revisão dos diagnósticos diferenciais e conduta. Rev Bras Ginecol Obstet. 2007;29(4):211-9. DOI: 10.1590/S0100-72032007000400008.

Brasil. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Estimativa 2016: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2015.

Boff RA, Wisintainer F. Mastologia moderna: abordagem multidisciplinar. Caxias do Sul: Mesa Redonda; 2006

Nicolaou PK, Padoin LV. O retrato das políticas públicas no tratamento do câncer de mama no Brasil. Rev Bras Mastologia. 2013;23(3):92-4. DOI: 10.5327/Z0104-8058201300030006

Kim DD, Araujo AL, Tsai A, Kojima FH, Takashima JS, Otsuka Junior LF, et al. Saber é prevenir: uma nova abordagem no combate ao câncer de mama. Cien Saude Colet. 2010;15(Suppl 1):1377-81. DOI: 10.1590/S1413-81232010000700047

Brasil. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Diretrizes para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2015.

Urban LA, Schaefer MB, Duarte DL, Santos RP, Maranhão NM, Kefalas AL, et al. Recomendações do colégio brasileiro de radiologia e diagnóstico por imagem, da sociedade brasileira de mastologia e da federação brasileira das associações de ginecologia e obstetrícia para rastreamento do câncer de mama por métodos de imagem. Rev Bras Mastologia. 2012;45(6):334-9. DOI: 10.1590/S0100-39842012000600009

Caetano S, Mottola Junior J, Finguerman F, Goldman SM, Szejnfeld J. Mammographic assessment of a geographically defined population at a mastology referral hospital in São Paulo Brazil. PLoS One. 2013;8(9): e74270. DOI:10.1371/journal. pone.0074270

Lisboa FC, Siqueira F, Viana SM, Rodrigues JF, Nunes TR. Análise crítica do diagnóstico, tratamento e seguimento de pacientes com câncer de mama acompanhadas em serviço de mastologia do Distrito Federal. Rev Bras Mastologia. 2014;24(2):36-41. DOI: 10.5327/Z201400020002RBM

IPARDES – Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social. Caderno estatístico, município de Maringá. dezembro de 2012.

Muradas RR, Velho MT, Riesgo IS, Brum AD, Rossi RM, Piovezan JM, et al. Clinical and mammographic profile of patients with breast cancer surgically treated. Rev Assoc Med Bras. 2015;61(3):220-6. DOI: 10.1590/1806-9282.61.03.22

Cavalcanti LP, Simões PS, Silva MR, Galdino PN. Assistência em mastologia em uma Unidade de Referência do Sistema Único de Saúde no Ceará, Brasil. Rev Bras Cancerologia. 2012;58(4):603-9.

Brasil. Presidência da República. Lei Federal nº 12.732, de 22 de novembro de 2012. Dispõe sobre o primeiro tratamento de paciente com neoplasia maligna comprovada e estabelece prazo para seu início [Internet]. 2012 [cited 2014 Jan 15]. Available from: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12732.htm

Gebrim LH, Shida JY, Hegg R, Topis T, Mattar A. Avaliação do tempo de início do tratamento, estadiamento histopatológico e positividade dos biomarcadores (RE, RP, HER-2) em 3.566 pacientes tratadas pelo SUS no período de 2012 a 2014, no Hospital Pérola Byington. Rev Bras Mastologia. 2014;24(3):65‑9. DOI: 10.5327/Z201400030002RBM

Downloads

Publicado

2017-10-07

Como Citar

Ito, E. J., & Safar, A. S. (2017). Perfil epidemiológico do ambulatório de mastologia em um hospital universitário no noroeste do Paraná. Mastology, 27(4), 293–299. Recuperado de https://revistamastology.emnuvens.com.br/revista/article/view/517

Edição

Seção

Original Articles