Seleção de pacientes e complicações do retalho miocutâneo do músculo reto abdominal

revisão de literatura

Autores

  • Raissa Cruz Oliveira Cancer Hospital of Maranhão
  • Douglas de Miranda Pires Santa Casa de Belo Horizonte
  • Carolina Nazareth Valadares Santa Casa de Belo Horizonte
  • Guilherme Junqueira Souza Santa Casa de Belo Horizonte
  • Mariana dos Santos Nascimento Santa Casa de Belo Horizonte
  • Ana Carolina Guglielmelli Mendonça Santa Casa de Belo Horizonte

Palavras-chave:

Retalho miocutâneo, mama

Resumo

Introdução: O câncer de mama é a neoplasia maligna mais prevalente em mulheres. Em decorrência do diagnóstico tardio, a mastectomia radical modificada permanece como o tratamento cirúrgico de escolha para grande parte das pacientes portadoras da doença. A reconstrução mamária com retalhos miocutâneos apresenta os melhores resultados em longo prazo. A técnica do TRAM foi aperfeiçoada nos últimos 30 anos e tem como principal vantagem a utilização de grandes volumes, dando à nova mama contorno e consistência mais naturais. Objetivo: Revisar a literatura a respeito da técnica de reconstrução com o TRAM, enfocando as indicações da técnica, a seleção de pacientes e suas principais complicações. Resultados: As principais indicações da reconstrução com TRAM referem-se a casos de defeitos extensos após mastectomia imediata ou tardiamente, ou quando existem sequelas importantes de radioterapia ou falha em outras reconstruções, devendo-se ter critérios rigorosos na seleção dessas pacientes, principalmente no que diz respeito às suas comorbidades. A adequada seleção de pacientes pode reduzir uma série de complicações advindas do método. Conclusão: O TRAM é uma excelente opção para a reconstrução mamária imediata ou tardia, desde que as pacientes sejam bem selecionadas; elimina (ou, pelo menos, reduz) a necessidade de implantes e suas possíveis implicações, além de dar formato mais natural à mama reconstruída, acompanhando as flutuações de peso da paciente. Entretanto, essa técnica não está isenta de complicações, principalmente na área doadora, além de demandar tempo cirúrgico e de recuperação maiores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Raissa Cruz Oliveira, Cancer Hospital of Maranhão

Mastology Service

Douglas de Miranda Pires, Santa Casa de Belo Horizonte

Mastology Program of the Department of Oncoplastic and Reconstructive Breast Surgery and Corrective Mastoplasty

Carolina Nazareth Valadares, Santa Casa de Belo Horizonte

Mastology Service

Guilherme Junqueira Souza, Santa Casa de Belo Horizonte

Mastology Service

Mariana dos Santos Nascimento, Santa Casa de Belo Horizonte

Mastology Service

Ana Carolina Guglielmelli Mendonça, Santa Casa de Belo Horizonte

Mastology Service

Referências

Oliveira RR, Morais SS, Sarian LO. Efeitos da reconstrução mamária imediata sobre a qualidade de vida de mulheres mastectomizadas. Rev Bras Ginecol Obstet. 2010;32(12):602-8.

Oliveira Junior FC, Mélega JM, Pinheiro AS, Pereira RF. Reconstrução mamária total: técnicas e complicações. Rev Bras Cir Plást. 2010;25(suppl.1):62.

Albornoz CR, Bach PB, Mehrara BJ, Disa JJ, Pusic AL, McCarthy CM, et al. A paradigm shift in U.S. Breast reconstruction: increasing implant rates. Plast Reconstr Surg. 2013;131(1):15-23.

Nano MT, Gill PG, Kollias J, Bochner MA, Malycha P, Winefield HR. Psychological impact and cosmetic outcome of surgical breast cancer strategies. ANZ J Surg. 2005;75(11):940-7.

Atisha D, Alderman AK, Lowery JC, Kuhn LE, Davis J, Wilkins EG. Prospective analysis of long-term psychosocial outcomes in breast reconstruction: two-year postoperative results from the Michigan Breast Reconstruction Outcomes Study. Ann Surg. 2008;247(6):1019-28.

Munhoz AM, Duarte G, Ishida L, Cunha M, Ferreira MC. Reconstrução mamária pós-mastectomia com tecido autógeno – Avaliação comparativa de resultados e complicações. Rev Ginecol Obstet. 2002;13:60-6.

De Lorenzi F, Brenelli F, Thomazini MV. Reconstrução mamária com retalhos miocutâneos. In: Boff RA, Carli AC, Brenelli H, Brenelli FP, Carli LS, Sauer FZ, et al. Compêndio de Mastologia: Abordagem multidisciplinar. Caxias do Sul: Lorigraf; 2015. p.567-80

Petit J, Rietjens M, Garusi C. Breast reconstructive techniques in cancer patients: which ones, when to apply, which immediate and long term risks? Crit Rev Oncol Hematol. 2001;38:231-9.

Hu E, Alderman AK. Breast reconstruction. Surg Clin North Am. 2007;87:453-67.

Mandrekas AD, Zambacos GJ, Zervoudis S. Tram flap breast reconstruction and weight fluctuations: it is alive! Plast Reconstr Surg. 2003;112:696-7.

Kroll SS, Baldwin B. A comparison of outcomes using three different methods of breast reconstruction. Plast Reconstr Surg. 1992;90:455-62.

Drever JM. The epigastric island flap. Plast Reconstr Surg. 1977;59(3):343-6.

Holmström H. The free abdominoplasty flap and its use in breast reconstruction. An experimental study and clinical case report. Scand J Plast Reconstr Surg. 1979;13(3):423-7 .

Robbins TH. Rectus abdominis myocutaneous flap for breast reconstruction. Aust N Z J Surg. 1979;49(5):527-30.

Hartrampf CR, Scheflan M, Black PW. Breast Reconstruction with a Transverse Abdominal Island Flap. Plast Reconstr Surg. 1982;69:216-25.

Munhoz AM, Ferreira MC. Reconstrução Mamária com Microcirurgia. In: Pinotti JA, ed. Tratado de Ginecologia. São Paulo: Revinter; 2004.

Brenelli F, Urban C, Frasson R, Frasson A. Reconstrução mamária com retalhos miocutâneos. In: Frasson A, Novita G, Millen E, Zerwes F, Brenelli F, Urban C, et al. Doenças da Mama: guia de bolso baseado em evidências. São Paulo: Atheneu; 2013. p.277-83.

Parker PA, Youssef A, Walker S, Basen-Engquist K, Cohen L, Gritz ER, et al. Short-term and long-term psychosocial adjustment and quality of life in women undergoing different surgical procedures for breast cancer. Ann Surg Oncol. 2007;14:3078-89.

Nahabedian MY, Momen B. Lower abdominal bulge after deep inferior epigastric perforator flap (DIEP) breast reconstruction. Ann Plast Surg. 2005;54:124-9.

Holm C, Mayr M, Höfter E, Ninkovic M. Perfusion zones of the DIEP flap revisited: a clinical study. Plast Reconstr Surg. 2006;117(1):37-43.

Fernandéz-Frias AM, Aguilar J, Sánchez JA, Merck B, Piñero A, Calpena R. Immediate reconstruction after mastectomy for breast cancer: which factors affects its course and final outcome? J Am College Surg. 2009;208(1):126-33.

Chang DW, Reece GP, Wang B, Robb GL, Miller MJ, Evans GR, et al. Effect of smoking on complications in patients undergoing free TRAM flap breast reconstruction. Plastic Reconstructive Surg. 2000;105:2374-80.

Eberlein TJ, Crespo LD, Smith TL, Hergrueter CA, Douville L, Eriksson E. Prospective evaluation of immediate reconstruction after mastectomy. Ann Surg. 1993;218:29-36.

Djohan R, Gage E, Bernard S. Breast reconstruction options following mastectomy. Cleve Clin J Med. 2008;75(Suppl 1):S17-23.

Downloads

Publicado

2017-10-07

Como Citar

Oliveira, R. C., Pires, D. de M., Valadares, C. N., Souza, G. J., Nascimento, M. dos S., & Mendonça, A. C. G. (2017). Seleção de pacientes e complicações do retalho miocutâneo do músculo reto abdominal: revisão de literatura. Mastology, 27(4), 312–316. Recuperado de https://revistamastology.emnuvens.com.br/revista/article/view/520

Edição

Seção

Original Articles