História natural do carcinoma ductal in situ

Autores

  • Ruffo Freitas-Junior Rede Goiana de Pesquisa em Mastologia
  • Nayara Alves de Freitas Lemos Rede Goiana de Pesquisa em Mastologia
  • Marise Amaral Rebouças Moreira Universidade Federal de Goiás
  • Fábio Francisco Oliveira Rodrigues Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho

Palavras-chave:

carcinoma intraductal não infiltrante, neoplasias da mama, epidemiologia, incidência, carcinoma in situ

Resumo

O carcinoma ductal in situ (CDIS) tem sido detectado com maior frequência nas últimas décadas a partir do rastreamento mamográfico. O objetivo do presente estudo foi revisar os aspectos epidemiológicos do CDIS. Foi realizada uma revisão bibliográfica narrativa enfocando os aspectos do CDIS: epidemiologia, para discussão a respeito dos subtipos; história natural; rastreamento; e sobrevida. Foi possível verificar que o CDIS é atualmente considerado como uma lesão precursora do câncer de mama e apresenta aumento considerável e desigual em sua incidência entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, devido, provavelmente, à inclusão dos programas de rastreamento mamográfico. Há controversas quanto ao benefício ou não da detecção, do diagnóstico, do tratamento e da sobrevida de pacientes que apresentam o CDIS. Conclui-se que o aumento considerável da incidência do CDIS levanta importante discussão sobre a necessidade real de seu diagnóstico, bem como do seu real significado biológico.

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Publicado

2018-04-02

Como Citar

Freitas-Junior, R., Lemos, N. A. de F., Moreira, M. A. R., & Rodrigues, F. F. O. (2018). História natural do carcinoma ductal in situ. Mastology, 28(2), 114–118. Recuperado de https://revistamastology.emnuvens.com.br/revista/article/view/552

Edição

Seção

Review Articles