Perfil dos subtipos de câncer de mama baseado no estudo imuno‑histoquímico em pacientes do Hospital Napoleão Laureano – Paraíba

Autores

  • Jader Bruno Formiga Pinheiro Universidade Federal da Paraíba
  • Adriana de Freitas Torres Universidade Federal da Paraíba
  • Alexandre Rolim da Paz Universidade Federal da Paraíba

Palavras-chave:

câncer de mama, carcinoma ductal, imuno-histoquímica

Resumo

Determinar o perfil dos subtipos moleculares dos carcinomas invasivos de mama entre mulheres que realizaram o estudo imuno-histoquímico de maio 2013 a dezembro de 2014, no Hospital Napoleão Laureano, Paraíba, além de caracterizar a idade média ao diagnóstico e descrever os percentuais das seguintes variáveis: receptor de estrogênio e de progesterona, fator de crescimento epidérmico humano do tipo 2 e índice mitótico (Ki-67). Método: Estudo retrospectivo, ecológico, a partir da base de dados secundários do Laboratório de Anatomia Patológica do Hospital Napoleão Laureano. A população foi composta de 683 casos de carcinoma invasivo da mama, com estudo imuno-histoquímico realizado nessa instituição entre maio de 2013 e dezembro de 2014. Resultados: Dos 683 pacientes, foram excluídos 46 por apresentarem positividade para fator de crescimento epidérmico humano do tipo 2 inconclusiva (++), totalizando 637 casos contabilizados. Quinhentas e cinqüenta e seis pacientes (87,28%) eram ≥40 anos e 81 (12,72%), <40 anos. Quanto ao estrogênio e à progesterona, 452 pacientes (70,96%) possuíam receptores positivos para ambos, enquanto 185 (29,04%) não apresentaram positividade. Quatrocentas e sessenta e oito mulheres (73,47%) não superexpressaram fator de crescimento epidérmico humano do tipo 2, em contrapartida 169 (26,53%) o fizeram. A porcentagem do Ki-67 evidenciou 474 indivíduos (74,41%) com alto índice mitótico e 163 (25,59%) com baixo índice. Os subtipos moleculares apresentaram as prevalências: luminal A (143 casos; 22,45%), luminal B (250 casos; 39,25%), luminal B amplificado (113 casos; 17,84%), fator de crescimento epidérmico humano 2 (57 casos; 8,95%) e triplo negativo (74 casos; 11,62%). Conclusões: Este artigo ratificou a existência de diferenças regionais quanto ao perfil dos subtipos de tumores mamários, demonstrando maior prevalência de carcinomas triplo-positivos e menor frequência de tumores triplo-negativos quando comparado a outros estudos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Adriana de Freitas Torres, Universidade Federal da Paraíba

Department of Obstetrics and Gynecology, Universidade Federal da Paraíba

Alexandre Rolim da Paz, Universidade Federal da Paraíba

Department of Surgery, Universidade Federal da Paraíba

Referências

Ferlay J, SoerjomataramI, Dikshit R,Eser S, Mathers C, Rebelo M, et al. Cancer. Incidence and mortality worldwide: Sources, methods and major patterns in GLOBOCAN 2012. Int J Cancer. 2015;136:E359-86.

Instituto Nacional de Cancer. Coordenacao de Prevencao e Vigilancia. Programa Nacional de Controle do Cancer de Mama. Estimativa 2016: incidencia de cancer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2015. 122p..

Dai X, Li T, Bai Z, Yang Y, Liu X, Zhan J, et al. Breast cancer intrinsic subtype classification, clinical use and future trends. Am J Cancer Res. 2015;5(10):2929-43.

Serra KP, Ramalho S, Torresan R, Vassallo J, Sarian LOZ, Silva GRP, et al. Nova classificacao dos carcinomas da mama: procurando o luminal A. Rev Bras Ginecol Obstet. 2014; 36(12):575-80. http://dx.doi.org/10.1590/SO100-720320140005158

Perou CM, Sorlie T, Eisen MB, van de Rijn M, Jeffrey SS, Rees CA, et al. Molecular portraits of human breast tumours. Nature. 2000;406(6797):747-52. https://doi.org/10.1038/35021093

Barros ACSD, Leite KRM. Classificacao molecular dos carcinomas de mama. Uma visao contemporanea. Rev Bras Mastologia. 2015;25(4):146-55. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302012000200013

Goldhirsch A, Winer EP, Coates AS, Gelber RD, Piccart- Gebhart M, Thurlimann B, et al. Personalizing the treatment of women with early breast cancer: highlights of the St Gallen International Expert Consensus on the Primary Therapy of Early Breast Cancer 2013. Ann Oncol. 2013; 24(9):2206-23. https://doi.org/10.1093/annonc/mdt303

Goldhirsch A, Wood WC, Coates AS, Gelber RD, Thurlimann B, Senn HJ, et al. Strategies for subtypes-dealing with the diversity of breast cancer: highlights of the St Gallen International Expert Consensus on the Primary Therapy of Early Breast Cancer 2011. Ann Oncol. 2011;22(8):1736-47. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302012000200013

Cintra JRD, Teixeira MTB, Diniz RW, Goncalves Junior H, Florentino TM, Freitas GF, et al. Perfil imuno-histoquimico e variaveis clinicopatologicas no cancer de mama. Rev Assoc Med Bras. 2012; 58(2):178-87. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302012000200013

Morrow M. Personalizing extent of breast cancer surgery according to molecular subtypes. Breast. 2013; 22(Supl. 2):S106-9. https://doi.org/10.1016/j.breast.2013.07.020

Chikarmane SA, Tirumani SH, Howard SA, Jagannathan JP, DiPiro PJ. Metastatic patterns of breast cancer subtypes: What radiologists should know in the era of personalized cancer medicine. Clin Radiol. 2015;70(1):1-10. https://doi.org/10.1016/j.crad.2014.08.015

Dunbier AK, Anderson H, Ghazoui Z, Salter J, Parker JS, Perou CM, et al. Association between breast cancer subtypes and response to neoadjuvant anastrozole. Steroids. 2011; 76(8):736‑40. https://doi.org/10.1016/j.steroids.2011.02.025

Martelli G, Boracchi P, Ardoino I, Lozza L, Bohm S, Vetrella G, et al. Axillarydissection versus no axillary dissection in older patients with T1N0 breast cancer: 15-year results of a randomized controlled trial. Ann Surg. 2012;256(6):920-4. https://doi.org/10.1097/SLA.0b013e31827660a8

Carvalho FM, Bacchi LM, Pincerato KM, Van de Rijn M, Bacchi CE. Geographic differences in the distribution of molecular subtypes of breast cancer in Brazil. BMC Women’s Health. 2014;14:102. https://doi.org/10.1186/1472-6874-14-102

Hammond ME, Hayes DF, Dowsett M, Allred DC, Hagerty KL, Badve S, et al. American Society of Clinical Oncology/College of American Pathologists guideline recommendations for immunohistochemical testing of estrogen and progesterone receptors in breast cancer. J Clin Oncol. 2010;28(16):2784-95. https://doi.org/10.1200/JCO.2009.25.6529

Wolff AC, Hammond ME, Hicks DG, Dowsett M, McShane LM, Allison KH, et al. Recommendations for human epidermal growth factor receptor 2 testing in breast cancer: American Society of Clinical Oncology/College of American Pathologists clinical practice guideline update. J Clin Oncol. 2013;31(31):3997‑4013. https://doi.org/10.1200/JCO.2013.50.9984

Gabriel CA, Domchek SM. Breast cancer in young women. Breast Cancer Res. 2010;12:212. https://doi.org/10.1186/bcr2647

Clagnan WS, Andrade JM, Carrara HHA, Tiezzi DG, Reis FJC, Marana HRC, et al. Idade como fator independente de prognostico no cancer de mama. Age as an independent prognostic factor in breast cancer. Rev Bras Ginecol Obstet. 2008;30(2):67-74. http://dx.doi.org/10.1590/S010072032008000200004

Dutra MC, Rezende MA, Andrade VP, Soares FA, Ribeiro MV, Paula EC, et al. Imunofenotipo e evolucao de cancer de mama: comparacao entre mulheres muito jovens e mulheres na pos-menopausa. Immunophenotype and evolution of breast carcinomas: a comparison between very young and postmenopausal women. Rev Bras Ginecol Obstet. 2009;31(2):54‑60. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032009000200002

Assi HA, Khoury KE, Dbouk H, Khalil LE, Mouhieddine TH, El Saghir NS. Epidemiology and prognosis of breast cancer in young women. J Thorac Dis. 2013;5:(Supl.1):S2-8. https://dx.doi.org/10.3978%2Fj.issn.2072-1439.2013.05

Sarturi PR, Cunha Junior AD, Morais CF. Perfil imunohistoquimico do cancer de mama de pacientes atendidas no Hospital do Cancer de Cascavel – Parana. Rev Bras Oncol Clin. 2012;8(29):121-4.

Chuang E, Christos P, Flam A, McCarville K, Forst M, Shin S, et al. Breast cancer subtypes in Asian-Americans differ according to Asian ethnic group. J Immigr Minor Health. 2012;14(5):754‑8. https://dx.doi.org/10.1007%2Fs10903-012-9577-7

Kurian AW, Fish K, Shema SJ, Clarke CA. Lifetime risks of specific breast cancer subtypes among women in four racial/ethnic groups. Breast Cancer Res. 2010;12(6):R99. https://dx.doi.org/10.1186%2Fbcr2780

Huo D, Ikpatt F, Khramtsov A, Dangou JM, Nanda R, Dignam J, et al. Population Differences in Breast Cancer: Survey in Indigenous African Women Reveals Over-Representation of Triple-Negative Breast Cancer. Clin Oncol. 27(27):4515-21. https://doi.org/10.1200/JCO.2008.19.6873

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica. Censo Demografico 2010, [Internet]. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica; 2012 [acessado em jun. 2016]. Disponivel em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010

Keegan THM, DeRouen MC, Press DJ, Kurian AW, Clarke CA. Occurrence of breast cancer subtypes in adolescente and young adult women. Breast Cancer Res. 2012;14(2): R55. https://dx.doi.org/10.1186%2Fbcr3156

Downloads

Publicado

2019-04-05

Como Citar

Pinheiro, J. B. F., Torres, A. de F., & Paz, A. R. da. (2019). Perfil dos subtipos de câncer de mama baseado no estudo imuno‑histoquímico em pacientes do Hospital Napoleão Laureano – Paraíba. Mastology, 29(2), 58–63. Recuperado de https://revistamastology.emnuvens.com.br/revista/article/view/578

Edição

Seção

Original Articles