Caracterização dos fatores prognósticos do câncer de mama em mulheres com essa condição atendidas pelo Sistema Único de Saúde no município de Bagé, Rio Grande do Sul, Brasil
Palavras-chave:
neoplasias de mama, imuno-histoquímica, prognósticoResumo
Este estudo objetivou caracterizar os fatores prognósticos do câncer de mama entre mulheres portadoras dessa patologia atendidas pelo Sistema Único de Saúde no município de Bagé, Rio Grande do Sul, o qual abrange os municípios da 7ª Coordenadoria Regional da Saúde. Método: Este estudo foi do tipo documental, retrospectivo e quantitativo a partir da análise dos prontuários médicos das pacientes em tratamento de câncer atendidas na unidade de tratamento oncológico em Bagé, de dezembro de 2010 a junho de 2017. Resultados: Os resultados demonstraram um total de 349 pacientes com câncer de mama no período analisado; a faixa etária variou dos 24 aos 90 anos, sendo a maior frequência em mulheres brancas, na mama esquerda (42%). A maior parte dos carcinomas possuía tamanho inferior a 2 cm (53,9%), sem comprometimento linfonodal (57%) e sem metástases a distância (93,4%), e as pacientes são diagnosticadas particularmente em estádios iniciais — I (36,4%) e II (32,4%). Com relação às características anatomopatológicas e imuno-histoquímicas, o carcinoma ductal infiltrante foi o tipo mais presente (79,7%), e o grau histológico GII esteve presente em mais da metade dos casos (56,5%). Quanto à expressão dos receptores hormonais, 84,7% das pacientes a apresentavam, e 12,5% possuíam superexpressão do fator de crescimento humano epidérmico receptor-2 (HER2); o subtipo Luminal B esteve presente em 64,8% das pacientes. Conclusão: Dessa forma, verificamos que a maior parte das pacientes é diagnosticada em estádios iniciais. Entretanto, ainda é necessária a adoção de medidas que garantam o diagnóstico em fases pré-invasivas.
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