Avaliação do atraso no diagnóstico e tratamento do câncer de mama em um centro de referência
uma análise retrospectiva
Palavras-chave:
neoplasias da mama, diagnóstico tardio, sobrevidaResumo
Objetivos: Avaliar possíveis causas de atraso no diagnóstico e tratamento do carcinoma mamário em uma população atendida exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil. Métodos: Foi realizada uma análise retrospectiva dos prontuários de 173 pacientes tratadas no Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira (IMIP), entre janeiro de 2011 e dezembro de 2017. Intervalos de tempo (intervalo de biópsia e de tratamento) foram relacionados com variáveis sociodemográficas e clínicas por meio de análise estatística. Resultados: A média de idade foi 56,36 anos, 116 mulheres (67,1%) eram da região metropolitana do Recife e a maioria era analfabeta ou tinha até 8 anos de escolaridade. O intervalo de biópsia variou entre 0 e 826 dias (41,42; med 12,50), enquanto o intervalo de tratamento variou entre 0 e 460 dias (94,6; med 69,0). Não houve associação estatisticamente significante desses intervalos com variáveis clínicas como procedência, nível educacional, idade, estadiamento, tipo de tratamento e situação clínica das pacientes ao final do estudo. Conclusões: Embora o diagnóstico e tratamento precoces do câncer de mama sejam fundamentais, os dados da presente investigação mostraram que atrasos medianos de três meses para início do tratamento em hospital público não foram associados com piora do prognóstico ou sobrevida das pacientes.
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