Câncer de mama no sistema de saúde suplementar de Jundiaí
dados de 105 pacientes
Palavras-chave:
neoplasias da mama, saúde suplementar, mastectomia, mamografia, epidemiologiaResumo
Introdução: Os dados referentes à epidemiologia do câncer de mama no Brasil são heterogêneos, reflexo da desigualdade socioeconômica do país. A medicina suplementar possui número relevante de casos da doença, porém estes são pouco divulgados. Objetivo: Avaliar os dados epidemiológicos do câncer de mama em pacientes atendidas pela saúde suplementar no município de Jundiaí, SP. Método: Estudo retrospectivo por meio da revisão do prontuário médico de 105 pacientes com diagnóstico de câncer de mama atendidas entre janeiro de 2014 e dezembro de 2015. As informações coletadas incluíram: idade, estadiamento clínico, tipo histológico, perfil imuno-histoquímico, tratamento cirúrgico e adjuvante. Resultados: O estudo incluiu 105 pacientes com câncer de mama, tratadas exclusivamente no sistema de saúde suplementar de Jundiaí. A idade média das pacientes foi de 50,8 anos. Observamos que 13 (12,3%) pacientes foram diagnosticadas com carcinoma ductal in situ (estádio 0), 43 (40,9%) no estádio I, 34 (32,3%) no estádio II, 11 (10,4%) no estádio III, e 2 (1,9%) no estádio IV. A cirurgia conservadora foi realizada em 76 (72,3%) pacientes, das quais 29 (27,7%) foram submetidas à mastectomia. Nessas pacientes, a reconstrução imediata foi realizada em 82,7% (24) dos casos. Conclusão: A elevada taxa de diagnósticos precoces, assim como de cirurgias conservadoras, revela rastreamento eficaz para o câncer de mama na saúde suplementar do município de Jundiaí. A acessibilidade à mamografia e o nível socioeconômico da população parecem ser os principais responsáveis pelos achados obtidos.
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